A história do esporte paralímpico remonta à Segunda Guerra Mundial, quando soldados feridos buscaram formas de reabilitação através da prática esportiva adaptada. O neurologista alemão Ludwig Guttmann foi pioneiro nesse campo, organizando competições esportivas para veteranos com lesões na coluna vertebral. Esses eventos evoluíram para os Jogos de Stoke Mandeville em 1948, considerados a semente dos Jogos Paralímpicos.
A primeira edição oficial dos Jogos Paralímpicos ocorreu em Roma, em 1960, simultaneamente aos Jogos Olímpicos. Desde então, o movimento paralímpico tem crescido em escala e importância, proporcionando plataformas globais para atletas com deficiências demonstrarem suas habilidades atléticas.
O esporte paralímpico abrange uma ampla gama de modalidades, incluindo atletismo, natação, esportes coletivos adaptados e muitos outros. A constante inovação e adaptação das regras permitem a participação de atletas com diferentes deficiências, promovendo a inclusão e desafiando estereótipos sobre as capacidades das pessoas com deficiência.
Os Jogos Paralímpicos conquistaram reconhecimento internacional, ocorrendo em locais emblemáticos ao redor do mundo. As edições mais recentes têm sido marcadas não apenas pela excelência atlética, mas também por destacar questões de acessibilidade e igualdade, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva.
Foto da primeira edição das Paralimpíadas em Roma, 1960. Créditos: International Paralympic Committee.
A história do esporte paralímpico no Brasil é uma jornada marcada por superação, dedicação e conquistas notáveis.
O Brasil, ao longo das décadas, se destacou como um protagonista no cenário paralímpico internacional. Os primeiros passos foram dados nas décadas de 1970 e 1980, quando atletas brasileiros começaram a participar de competições internacionais.
No entanto, foi nos Jogos Paralímpicos de Barcelona, em 1992, que o Brasil marcou sua presença de forma mais expressiva, conquistando 37 medalhas e iniciando uma era de sucesso.
Desde então, atletas paralímpicos brasileiros têm brilhado nas mais diversas modalidades. O nadador Daniel Dias é um exemplo notável, acumulando ao longo de sua carreira incríveis 24 medalhas paralímpicas, incluindo 14 de ouro. Tais feitos não apenas ressaltam a habilidade atlética, mas também desafiam percepções sobre as capacidades das pessoas com deficiência.
O esporte paralímpico brasileiro atingiu seu auge nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, quando o país sediou o evento. A equipe brasileira conquistou 72 medalhas, um recorde histórico, consolidando sua posição de destaque no panorama esportivo mundial. Atletas como Terezinha Guilhermina, Yohansson do Nascimento e Clodoaldo Silva contribuíram significativamente para esse sucesso, tornando-se ícones de inspiração.
O esporte paralímpico brasileiro não é apenas uma narrativa de conquistas esportivas, mas também uma história de resiliência, quebra de barreiras e representatividade. À medida que atletas brasileiros continuam a desafiar limites, eles não só elevam o perfil do esporte paralímpico, mas também promovem a inclusão e inspiram gerações futuras a alcançarem seus próprios objetivos, independentemente das adversidades.
Modalidades do Paradesporto e Atletas Brasileiros em Destaque
Modalidades paralímpicas com atletas brasileiros em destaque:
Atletismo - Yohansson Nascimento: Corredor paraolímpico com várias conquistas internacionais.
Natação - Daniel Dias: Considerado um dos maiores nadadores paralímpicos da história, acumulando múltiplas medalhas de ouro, prata e bronze.
Futebol de 5 - Ricardinho: Destaque no futebol de 5, contribuindo para o bicampeonato paralímpico e consolidando-se como um ícone do esporte.
Judô - Alana Maldonado: Judoca paraolímpica, campeã em Tóquio, exemplificando técnica e superação.
Ciclismo - Lauro Chaman: Ciclista paraolímpico com conquistas notáveis, incluindo medalhas de ouro em diversas competições.
Vôlei Sentado - Equipes masculina e feminina: Destacando-se pelo trabalho em equipe e habilidades individuais, conquistaram medalhas em diversas competições.
Paracanoagem - Fernando Rufino e Andrea Pontes: Paracanoístas brasileiros que têm se destacado internacionalmente, demonstrando habilidade nas águas.
Esgrima em Cadeira de Rodas - Jovane Guissone: Esgrimista que representa o Brasil com maestria, mostrando habilidades técnicas e estratégicas.
Bocha - Maciel Santos: Atleta referência na bocha paralímpica, com participação em várias edições dos Jogos e conquistas expressivas.
Pódio 100% brasileiro nos 100 m no mundial de atlestismo: Petrúcio( ouro), Yohansson(bronze) e Washigton(prata). Foto: CPB.
Modalidades Paralímpicas
1. Atletismo
2. Badminton
3. Basquetebol (em cadeira de rodas)
4. Bocha
5. Canoagem
6. Ciclismo (estrada e pista)
7. Esgrima (em cadeira de rodas)
8. Futebol de 5
9. Goalball
10. Hipismo
11. Judô
12. Levantamento de peso
13. Natação
14. Remo
15. Rugby (em cadeira de rodas)
16. Taekwondo
17. Tênis de mesa
18. Tênis (em cadeira de rodas)
19. Tiro esportivo
20. Tiro com arco
21. Triatlo
22. Vôlei sentado
Inspirado por este contexto de superação e melhora na qualidade de vida das pessoas com deficiência, a APECAM iniciou no ano de 2021 suas atividades na cidade de Camboriú com o desenvolvimento do esporte paralímpico e demais atividades culturais para crianças, adolescente e adultos. Também com muitas conquitas e revelando atletas que disputam competições regionais, estaduais e nacionais, trazendo medalhas e recordes colocando a bandeira de Camboriú no lugar mais alto do podium..
Partcipação da APECAM no PARAJESC de 2022. Foto da premiação da modalidade da Bocha